
Por entre notícias e soap operas que nos tentam rotinizar e subjugar perante o quotidiano e o nosso triste destino, por vezes são as efemérides que nos recordam exemplos de luta por valores humanistas como a liberdade ou a igualdade. Refiro-me concretamente à data de 11 de Fevereiro de 1990, quando Nelson Mandela venceu os calabouços e iniciou o princípio do fim do regime de apartheid.
Não quero neste texto me debruçar sobre os anos em que governou a África do Sul, sobre as suas amizades ou sobre outras possíveis polémicas. Quero apenas destacar a sua preserverança, a sua resistência e o seu diálogo no sentido de terminar com a segregação racial e unir as diferenças étnicas em torno de uma bandeira.
É, por isso, que guardo o sorriso da liberdade de Mandela na minha mente sempre que vejo uma situação diária de desigualdade. Nesses momentos de injustiça recordo a Satyagraha de Ghandi e o sonho de Luther King ou mesmo a determinação de Aminetu Haidar. Eles recordam-me quais são os princípios pelos quais me devo reger na minha vida, nos bons e maus momentos.