quinta-feira, 5 de março de 2009

Investimento no futuro...

É com enorme prazer e confiança num futuro melhor, que assisti ao objectivo proposto pelo primeiro-ministro José Sócrates. Refiro-me obviamente à universalização da pré-escolaridade em concertação com as autarquias e as IPSS.

Como eu já tinha escrito num texto anterior, a educação é a base que sustenta os valores e estimula a capacidade dos seus cidadãos na criação de uma sociedade mais competitiva e competente, algo que está a ser realizado por esta governação socialista através de inúmeras medidas como o programa Novas Oportunidades, o Plano Tecnológico com os programas e.escolas e e.escolinhas, a avaliação do desempenho dos professores, entre muitas outras. É caso para dizer que finalmente existe um governo que coloca a reforma da educação como prioridade para o nosso país.

Com esta proposta socialista, não está apenas em causa a melhoria da educação e da formação dos cidadãos, mas também uma orientação rumo à igualdade de oportunidades e da justiça social. Constitui para as famílias com menos posses, a colocação dos seus filhos no ensino pré-escolar numa conjuntura de crise económica profunda.

Não quero, contudo, deixar de felicitar o investimento público inerente a esta medida, que garantirá maior emprego. Com efeito, gastos na educação não são despesas mas investimento.

Devemos por isso, aplaudir mais este avanço rumo a um futuro mais risonho, que certamente dará frutos ao nosso país. O próximo passo poderá ser a gratuitidade do material escolar até ao secundário e a obrigatoriedade do 12º ano.

Neste panorama de depressão mundial, é necessária a mudança para um paradigma que se afirme como a melhor resposta aos obstáculos presentes na economia global. Neste sentido, partilho da opinião de Mário Soares, que afirmou numa entrevista com a Constança Cunha e Sá, que o mundo caminha para um esquerdismo, porque essa é a melhor opção. Sem dúvida. Depois da depressão de 1929 e a reforma de um capitalismo selvagem; depois da queda do muro de Berlim e desmistificação do colectivismo; e finalmente, depois de uma crise financeira que se traduziu numa multiplicidade de problemas económicos e sociais e na falência do modelo neoliberal, deparamo-nos agora com aquela que parece ser a solução político-social mais acertada: o socialismo democrático.

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